==================================================================


O LOCOMOBILE nasceu do sonho de alguns apaixonados pelo automóvel antigo, ou simplesmente, apaixonados pelo seu próprio veículo, este por sua vez sempre com um valor de estimação.
Todos tinham a convicção da necessidade de transformar aquele sentimento comum de amor em uma atitude que demonstrasse a seriedade que estes tratavam os seus "brinquedos". Assim, em umas reuniões em postos de abastecimento de combustível surgiu oficialmente o Grupo, sendo que no dia 16 de junho de 2004, surgiu o nome LOCOMOBILE, constituído num grupo de amigos sem fins lucrativos e hierarquia, tendo como principais objetivos, a restauração, manutenção, preservação da memória automobilística.
O grupo se reúne para troca de informações, no compromisso de preservar a história de seus veículos, sendo eles carros antigos, esportivos ou modernos.
A atividade tem aspectos culturais, didáticos e esportivo, transmitindo informações e conhecimentos às gerações presentes quanto à engenhosidade e estudo da arte utilizadas na indústria automobilística em várias épocas e sua evolução até os dias de hoje.
==================================================================

ORIGEM DO NOME





















LOCOMOBILE – OLD 16

Nos campos limpos e desertos das aldeias de Long Island ecoavam os rugidos dos motores como um trovão. A partir de Mineola, através Jericó, entre outras minúsculas aldeias ao longo de poeirentas estradas, os carros com sonoros e flamejantes escapamentos, deixavam um rastro de pedras jogadas pelos pneus traseiros. Ao volante de cada máquina, um tenso condutor, dobrava-se para frente contra a pressão do vento, defendendo seu rosto da poeira, com óculos de proteção.
Ao lado deste piloto, um ansioso mecânico, coração sintonizado com a pulsação do motor, olhando de tempos em tempos, os pneus, os sensores, o ir e vir das válvulas.
Isso foi em 1905, a segunda etapa da primeira verdadeira corrida de estradas, a Vanderbilt Copa América. Os carros foram inscritos conforme nacionalidade de sua construção. Multidões se alinhavam junto às estradas, por vezes fervorosos com a velocidade dos pilotos que eram naquela época celebridade do momento. Vinte carros inscritos nesta corrida com mais de 250 milhas, e numa prova perigosa e muito poeirenta, quando a ultima bandeira caiu, um Darracq e um Panhard chegaram nos 2º e 1º lugares, respectivamente, mas em 3º lugar veio um LOCOMOBILE.
A America aprovou a louca corrida, e, após o evento até mesmo uma comédia musical foi lançada. E na Broadway cartazes chamavam para o espetáculo chamado A Copa Vanderbilt.
O interesse da população só foi aumentando, e em 1908 o país inteiro ficou histérico com as corridas da Copa Vanderbilt. Foi memorável de muitas maneiras: velocidades mais altas, mais espectadores, maior e mais agressiva concorrência. Mas a grande emoção foi quando a linha de chegada era atravessada por um carro americano, a frente de todos os outros. Esta corrida demarcou época, pois foi a primeira vez que a Taça Vanderbilt foi tomada por uma máquina americana. O carro em questão foi um LOCOMOBILE com um grande número 16 pintado sobre o radiador e sobre as laterais.
Esse carro se tornou uma lenda em si. Ele destruiu o mito da superioridade dos automóveis europeus e deu a indústria automotiva americana um grande impulso e prestigio. Mas há um pequeno fato que é ignorado por muitos o OLD 16 não foi uma aberração, uma exclusividade inesperada para este esforço da vitoria. Foi um estoque de LOCOMOBILE, afinado e despojados especialmente para corridas. Um Isotta ficou em 2º lugar, mas logo atrás dele, num sólido 3º lugar, outro LOCOMOBILE.
O primeiro LOCOMOBILE foi realmente um Stanley Steamer. O fundador da empresa o fez surgiu como resultado direto de um negócio. Em 1899 os irmãos Stanley tiveram um surpreendente sucesso com seu carro a vapor, mas eram míopes e permitiram vender todos ativos da empresa, bem como as patentes. Walker acabou comprando um lote e avançou para a fabrica da Stanley com o nome de LOCOMOBILE.
As vendas aumentaram com o novo nome e os irmãos Stanley, agora lamentando com sua ação precipitada, mas deram inicio a construção de um novo carro a vapor. Eles se esqueceram de um detalhe: que o original e sua patente não eram mais seus e não era permitido o uso, e a empresa de Walker levou-os aos tribunais. Mas a inventividade dos Stanleys foi rápida o suficiente para promover mudanças no carro e evitar um julgamento jurídico. Eles continuaram com vapor de água, mas os executivos da LOCOMOBILE percebendo que a gasolina era a futura fonte de energia, já tinham uma nova máquina concebida. Seu engenheiro foi Andrew L. Riker, que foi o homem responsável pelos LOCOMOBILES de corrida.
Exceto pela fama do OLD 16, o LOCOMOBILE manteve uma pequena empresa. Eles produziram limusines e caros de luxo bem construídos, mas foi uma batalha perdida. Após a I Guerra Mundial, a empresa foi comprada pela Mercer. Com a situação financeira complicada e após a depressão dos anos 20, ambas as empresas fecharam.
No entanto o OLD 16 ainda está vivo.Foi transmitida através dos anos de proprietário para proprietário o amor pelo automóvel. Cada um preservando cuidadosamente o corpo do antigo campeão. O atual proprietário é o artista Peter Helck, e agora reside como a peça central do Museu Henry Ford. Lá, as gerações futuras serão capazes de admirar as enormes rodas, o longo capô, a jovialidade e as linhas da máquina que nos circuitos das poeirentas estradas de Long Island e Europa, mostrou que os americanos eram capazes de construir um vencedor.

Revisado por Carina Kuhn




==================================================================

O GRUPO

O GRUPO
A TIGRADA REUNIDA
==================================================================

HISTORIA DO AUTOMÓVEL

O alemão Carl Benz pode ser considerado o pai do automóvel, por ter apresentado, em 1885, um veículo (o Motorwagen) com dois lugares, três rodas e uma velocidade de 13km/hora. No entanto, nem todas as opiniões são consensuais face àquele que terá sido o primeiro automóvel, uma vez que outros veículos foram construídos e pensados com o mesmo propósito do triciclo de Benz, um construtor que sempre considerou os automóveis como um artigo voltado para o futuro.
Pela mesma altura, Gottlieb Daimler também avançou com a construção do seu primeiro automóvel.
Os franceses René Panhard e Émile Levassor, corria o ano de 1891, apresentaram uma viatura que, durante muito tempo, determinou a estrutura do automóvel, com a existência de um motor à frente, uma caixa de velocidades no centro e uma tração à retaguarda.
Em Portugal, em 1895, um Panhard & Levassor entra para a história como tendo sido o primeiro automóvel a rodar em terras portuguesas. Nesta época, a família real foi uma das grandes impulsionadoras do incremento do automóvel no nosso país. Como curiosidade, pode referir-se que, em 1900, comercializaram-se em Portugal 13 automóveis, sendo que, no ano seguinte, se atingiram as 20 unidades.
Entretanto, em 1897, os irmãos Stanley haviam construído um automóvel a vapor que foi vendido com o nome de LOCOMOBILE. Esta viatura foi muito bem aceito no mercado, tendo sido comercializadas mais de cinco mil.
Prosseguem as inovações até que, em 1908, acontece um dos mais importantes marcos da história do automóvel. Henri Ford apresenta o Ford "T". Este era um automóvel seguro, resistente e de fácil condução. Além disso, também foi o primeiro a ser produzido em série, tendo vendido mais de 15 milhões de exemplares. Esta era uma viatura que atingia os 70 km/hora e dispunha de um design minimalista, recorrendo à utilização de peças standardizadas.
Com o avanço das inovações em termos de mecânica, também a estética e o estilo do carro passaram a marcar épocas e modos de vida diferentes. É um fato que na América dos anos 30 os automóveis já eram compridos. Nesta altura, eram elegantes e potentes, como era o caso do Speedster Auburn 851 (esta viatura já alcançava os 165 km/hora).
Já nos finais dos anos 30, Adolf Hitler mostrou a sua vontade de que fosse fabricado um automóvel de quatro lugares, barato, que se caracterizasse por ser um "carro do povo". Assim foi e nasceu o VW (volkswagen) "Carocha". Mas, a guerra fez com que a produção fosse interrompida, sendo retomada depois do conflito.
Um dos veículos de sonho de hoje em dia, é o JEEP (um todo-terreno) que foi concebido nos inícios dos anos 40, para missões de reconhecimento no campo de batalha das tropas norte-americanas. Resistente e prático, ainda hoje serve de inspiração aos construtores de TT.
Um dos grandes sucessos da Citröen foi, sem dúvida, o 2 CV, de 1948, que foi criado a pensar nos lavradores das zonas rurais de França, que, de fato, acabaram por ver neste automóvel uma peça robusta, indicada para o tipo de trabalho que empreendiam. Inicialmente, tinha uma velocidade máxima de 60 km/hora. A sua produção terminou em 1990, com a particularidade do último modelo ter saído da fábrica da Citröen, em Mangualde, Portugal.
Já na década de 50, mais propriamente em 1954, foi lançado o Mercedes-Benz 300SL, que se destacou na área do desporto automóvel. Com uma velocidade máxima de 265 km/hora este automóvel, com portas que abriam para cima, em forma de asas, conhecido como "flecha de prata", teve vitórias importantes no circuito de Le Mans.
Em 1959, surge o automóvel que melhor exprime o optimismo dos anos 50, fruto do pós-guerra, o Cadillac Eldorado descapoteável. Com uma velocidade máxima de 180 km/hora este se tornou num automóvel místico nos Estados Unidos da América e um sonho para o resto do mundo. Talvez este seja o automóvel mais extravagante que já foi produzido, tendo sido desenhado e criado por Harvey Earl.
No mesmo ano, surge, em Inglaterra, um automóvel mais pequeno, mas não menos importante, o Morris Mini Minor, conhecido simplesmente como Mini e que lançou o conceito de automóvel citadino.
Passo a passo, na década de 60, marcas como a Lamborghini, a Jaguar, a Volvo e a Porsche fizeram as delícias dos compradores com maior poder de aquisição.
Mas, nos inícios dos anos 90, os automóveis, cada vez mais sofisticados e eletrônicos, também começaram a refletir as novas tendências familiares, com modelos adequados aos passeios em família.Uma das apostas da indústria automóvel passa pelo desenvolvimento de veículos elétricos, como forma de combater a poluição, os preços elevados e a escassez de combustível.
==================================================================
VISITE TAMBÉM